Arquitetura Pedagógica para Novos Objetos Digitais de Aprendizagem visando a Computação Afetiva
DOI:
https://doi.org/10.18264/eadf.v13i1.1736Palavras-chave:
Sentimento de pertencimento, Ergonomia cognitiva, CiberespaçoResumo
Nesta pesquisa, buscou-se discutir uma necessidade pedagógica que vem se destacando celeremente nos últimos anos e, principalmente, devido ao fenômeno da pandemia causado pelo coronavírus: a urgência de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) capazes de potencializar a sensação de pertencimento nos estudantes. A fundamentação metodológica dessa pesquisa foi subdividida em três momentos e por meio de natureza triangular: bibliográfica, qualitativa e exploratória-retrodutiva, ou seja, a de responder uma hipótese com fins de aplicabilidade: como seria possível a relação afetiva por meio de um ambiente virtual que busca promover a aprendizagem? O resultado alcançado nesse levantamento demonstrou que existem alguns fatores que devem ser considerados na relação afetiva e o sentimento de pertencimento entre os estudantes quando experienciam um Objeto Digital de Aprendizagem (ODA). Para isso, os critérios considerados para o desenvolvimento desse objeto foram: a qualidade de acesso à Internet, a arquitetura pedagógica do ambiente virtual e a experiência neurocognitiva com os objetos digitais. Diante dessa questão, o objetivo final dessa pesquisa foi idear um ODA, tendo como mote as dores dos estudantes de uma Instituição de Ensino Superior (IES). O intuito foi o de apresentar uma proposta de ODA pensado de forma situacional, a fim de potencializar o uso do próprio AVA, e de instigar o sentimento de pertencimento a um lugar (virtual) entre docente e discente, ou seja, a relação afetiva mesmo em ciberespaço. Por fim, apresentou-se um protótipo de ODA denominado “Conecta Mais”, a fim de estimular a aprendizagem coparticipativa entre estudantes, docentes e comunidade. Esse objeto se encontra em fase piloto de aplicação em uma Instituição de Ensino Superior do Estado do Paraná.
Palavras-chave: ODA. Sentimento de pertencimento. Ergonomia cognitiva. Ciberespaço. TDIC.
Downloads
Referências
ASHTON, K. Making sense of the Internet of Things. Aruba/Hewllet Packard Company, 2017.
BAMIDIS, P. Affective learning: principles, technologies, practice. In: Frasson C., Kostopoulos G. (eds) Brain Function Assessment in Learning. BFAL 2017. Lecture notes in computer science, vol 10512. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-319-67615-9_1
BASSANI, P. S.; BEHAR, P. A. Análise das interações em ambientes virtuais de aprendizagem: uma possibilidade para avaliação da aprendizagem em EAD. RENOTE-Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 4, n. 1, 2006.
BEHAR, P. A.; SILVA, K. K. A. Mapeamento de competências: um foco no aluno da educação a distância. RENOTE-Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 10, n. 3, 2012.
BEHAR, P. A.; PASSERINO, L.; BERNARDI, M. Modelos pedagógicos para educação a distância: pressupostos teóricos para a construção de objetos de aprendizagem. RENOTE-Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 5, n. 2, 2007.
CAÑAS, J. J.; WAERNS, Y. Ergonomia cognitiva: aspectos psicológicos de la interacción de las personas con la tecnologia de la información. Editora: Medica Panamericana, 2001.
CATH, C.; FLORIDI, L. The Design of the Internet's Architecture by the Internet Engineering Task Force (IETF) and Human Rights. Science and engineering ethics, v. 23, n. 2, p. 449-468, 2016.
DAMÁSIO, A. E o cérebro criou o homem. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
DELEUZE, G. Diferença e repetição. São Paulo: Paz & Terra, 2021.
FINK, D. Creating significant learning experiences: an integrated approach to designing college courses. San Francisco: Jossey-Bass, 2003.
FLORIDI, L. The fourth revolution: how the infosphere is reshaping human reality. UK: Oxford University Press, 2014.
FLORIDI, L. The ethics of information. UK: Oxford University Press, 2013.
GAVA, G. L. Viagem no tempo mental: uma abordagem filosófica sobre o cérebro global. Curitiba: CRV, 2019.
GAVA, G. L. EaD, Cérebro Global e Engenharia Reversa do Conhecimento: modelo hipotético de plataforma horizontal e o processo de aprendizagem a partir das TIC. EaD Em Foco, v. 6, n. 3, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.18264/eadf.v6i3.406 - Acesso em: 27/07/2022.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
JAQUES, P. A.; NUNES, M. A. S. N. Computação Afetiva aplicada à Educação. Informática na Educação: games, inteligência artificial, realidade virtual/aumentada e computação ubíqua. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2021. (Série Informática na Educação CEIE-SBC, v.7). Disponível em: https://ieducacao.ceie-br.org/computacaoafetiva - Acesso em 18/06/2022.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 9ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2009.
LÉVY, P. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 2007a.
LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaco. 5. ed. São Paulo: Loyola, 2007b.
LONGHI, M. Teresinha et al. Um estudo sobre os fenômenos afetivos e cognitivos em interfaces para softwares educativos. RENOTE-Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 5, n. 1, 2007.
LONGHI, M. T.; BERCHT, M.; BEHAR, P. A. Reconhecimento de estados afetivos do aluno em ambientes virtuais de aprendizagem. RENOTE-Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 5, n. 2, 2007.
MARCO, J. P.; ARBELOA, F. J. S.; BAGDASARI, E. C.. Combining cognition and emotion in virtual agents, Kybernetes, vol. 46 No. 06, pp. 933-946. https://doi.org/10.1108/K-11-2016-0340 2017.
MITRA, S.; DANGWAL, R. Limits to self-organising systems of learning: the kalikuppam experiment. British Journal of Educational Technology, 41, 672–688. https://doi.org/10.1111/j.1467-8535.2010.01077.x. 2010.
MOROZOV, E.; BRIA, F. A cidade inteligente: tecnologias urbanas e democracia. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
PEIRCE, C. S. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 2012.
PICARD, R. W. Affective computing. Cambridge, MA: MIT Press, 1997.
PRENSKY, M. Digital game-based learning. New York: McGraw-Hill, 2001.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2014.
SKINNER, B. F. Sobre o behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 2009.
TAVARES, D. R. et al. An ontological approach of the cognitive and affective product experience, Frontiers in Neuroergonomics. v. 2, 2021. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnrgo.2021.602881/full - Acesso em: 17/07/2021. doi: 10.3389/fnrgo.2021.602881
TYNG, C. M. et al. The Influences of emotion on learning and memory. Front. Psychol, v. 8, p. 1454, 2017. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2017.01454/full - Acesso em: 15/07/2022. doi: 10.3389 / fpsyg.2017.01454
VEEN, W.; VRAKKING, B. Homo Zappiens: educando na era digital. Porto Alegre: Artmed, 2009.
VILLAROUCO, V. et al. Neuroergonomia, neuroarquitetura e ambiente construído – tendencia futura ou presente?. Ergodesign & HCI, [S.l.], v. 8, n. 2, p. 92-112, dec. 2020. ISSN 2317-8876. Disponível em: http://periodicos.puc-rio.br/index.php/revistaergodesign-hci/article/view/1459 - Acesso em: 12/072021. doi: http://dx.doi.org/10.22570/ergodesignhci.v8i2.1459.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 EaD em Foco
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todos os artigos publicados na Revista EaD em Foco recebem a licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Todas as publicações subsequentes, completas ou parciais, deverão ser feitas com o reconhecimento, nas citações, da Revista EaD em Foco como a editora original do artigo.
