Educação a Distância não é Ensino Remoto: Identificando Ações da Secretaria Estadual de Educação do Paraná em 2020
DOI:
https://doi.org/10.18264/eadf.v11i2.1197Resumo
Desde meados do mês de março de 2020, inclusive adotando medidas para reduzir a contaminação pelo novo Coronavírus, os serviços ofertados pelas políticas sociais e os setores privados de todo o mundo sofreram inúmeras alterações. Como forma de adequação ao novo paradigma e, ao alto índice de contaminação e de letalidade do vírus Covid-19, medidas extremas deveriam ser tomadas em muitas instâncias da vida social. A suspensão por tempo indefinido das aulas das redes públicas e privadas de ensino regular em resposta à pandemia passou a vigorar em todo o Estado do Paraná no dia 16 de março de 2020. Num quadro comparativo, cresceu o índice de acesso à rede de internet em 80% da população brasileira, em especial entre 9 e 17 anos. Além disso, a quantidade de acessos diária subiu de 21%, no estudo referente a 2014, para 66% no atual, com dados coletados em 2015. Esse aumento vislumbrado em 2020 ainda é segregador. As estratégias de Ensino Remoto Emergencial (ERE) são importantes para a redução dos efeitos negativos do distanciamento temporário, mas quais seriam as evidências acerca dos efeitos das lacunas criadas sem a interação presencial? Diante disso, este ensaio se propõe a registrar os primeiros protocolos do Estado do Paraná, relacionadas à educação remota, equivalência das horas aplicadas nessa modalidade de ensino emergencial como cumprimento do ano letivo, conforme exigem os órgãos reguladores.
Palavras-chave: Pandemia. Educação remota. Direção escolar. Protocolos.
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