Avaliando o Desempenho e Custos da Graduação das Instituições Federais de Ensino Superior
DOI:
https://doi.org/10.18264/eadf.v9i1.828Resumo
As instituições federais de ensino superior (IFES) vêm sendo taxadas como ineficientes nas atividades de ensino de graduação, cujos principais argumentos são o alto custo médio anual por aluno, altas taxas de evasão e que boa parte de seus alunos pertencem às classes mais favorecidas. Este é o foco principal das críticas frequentemente realizadas na mídia e por agências internacionais, tais como o jornal O Globo e o Banco Mundial, posto que em suas demais atividades de ensino de pós graduação, pesquisa e extensão seu papel tem sido, de maneira geral, reconhecido: até porque respondem, juntamente com as demais universidades estaduais, por 83,8% do total de alunos pós-graduados de todas as IES e realizam a maior parte da produção científica do país. As IFES também são reconhecidas pela importância de suas atividades de extensão, tais como o atendimento à população de seus hospitais universitários, seu protagonismo na formação continuada de professores da educação básica e a importância e excelência de seu ensino técnico e de seus colégios de aplicação. No presente trabalho mostramos que essas críticas ao ensino de graduação das IFES não procedem, que o gasto anual por aluno de graduação das universidades federais é equivalente í quele das IES privadas, que sua taxa média de diplomação é 9,7% superior í quela das universidades privadas e que a maioria de seu concluintes tem renda familiar inferior a 4,5 salários mínimos, sendo que apenas 12% pertencem famílias com renda superior a 10 salários mínimos. Além disso, mostramos, com base no resultado de seus alunos nos exames Enade do ciclo 2015 a 2017, que a qualidade média dos cursos das IFES é bem superior í quela das IES privadas.
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