As Redes Educativas de 'Práticasteorias' Cibercorporais

Resumo

 Considerando que a nossa formação acontece em rede – e partindo do pressuposto que algumas dessas redes já foram sistematizadas pelas pesquisas com os cotidianos – o texto discute, tendo a imaginação de um futuro da Educação a Distância como fio condutor, a emergência, em tempos de Cibercultura, de uma rede de ‘práticasteorias’ cibercorporais, potencializada pela pandemia de Covid-19 e por seus desdobramentos em torno da intensificação da vida online, com destaque para a continuidade da formação escolar/acadêmica em tempos de isolamento físico. As artes de fazer com a Cibercultura, expandidas pelas linguagens da hipermídia, pela ubiquidade  e pela capacidade de produção de um corpo-escritura são percebidas neste ensaio como operações de caça realizadas por ‘praticantespensantes’ que narram a vida – inventando-a – para adiar o fim do mundo. Tais escritas – que podem ser hipercomposições de si – apresentam desafios e possibilidades para a educação, sobretudo para aquela que acontece em outras presencialidades, demandando que repensemos, entre alguns tópicos, os recursos, as didáticas, os estímulos à produção de autorias e os modos de fazer e de circular as pesquisas no campo da Educação, especialmente na interface com as tecnologias. Por isso – e para provocar o pensamento inventivo – o texto coloca algumas questões para uma formação de professores atenta às especificidades da EaD, que seja capaz de produzir currículos ciber-situados em redes educativas de ‘práticasteorias’ cibercorporais.

Palavras-chave: Formação de professores para EaD. Redes educativas. Cibercultura. Cibercorpos