Processos de Ensino e Aprendizagem de Biologia no Ensino Remoto Emergencial: Possibilidades de Inovação Pedagógica?
DOI:
https://doi.org/10.18264/eadf.v12i1.1639Resumo
No mundo, todas pessoas estão presenciando uma nova forma de comportamento social, nesse sentido, as estratégias de trabalho e, principalmente, o trabalho docente foi afetado. Frente a este cenário, a educação, em época de enfrentamento à COVID-19, passa a entender ainda mais a tecnologia como um instrumento de solução, adaptação, mas também de desigualdades. Assim, o ensino remoto veio para substituir as aulas presenciais, enquanto durar a situação de pandemia. Legislações foram modificadas, portarias foram criadas, para que os professores prosseguissem com o ensino. Este trabalho buscou mapear os elementos de inovação nas práticas pedagógicas, executadas por diferentes professoras, durante o período remoto, que se propõem a assegurar os processos de ensino e aprendizagem de conteúdos na área de Biologia. Para operacionalizar este estudo utilizou-se da Teoria Fundamentada nos Dados. Os resultados apontam que, na visão dos participantes da pesquisa, o ensino remoto é prejudicial aos processos de ensino e aprendizagem em Biologia, sendo apontados como agravantes fatores espaço-temporais, tecnológicos e socioemocionais. Deste modo, os dados apontam o ensino remoto como uma forma de suprir a necessidade de contato escolar, mas que não proporciona aprendizagens significativas e espaços-tempos de ensino e aprendizagem inovadores, visto que as práticas pedagógicas para o ensino de Biologia não estão promovendo o protagonismo estudantil, tampouco garantindo o direito à aprendizagem dos estudantes.
Palavras-chave: Aprendizagem significativa. Ensino remoto emergencial. Inovação pedagógica. Teoria fundamentada nos dados.
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