Cem Anos de Solidão: a Educação a Distância no Brasil – Percepções Negativas Antes e Depois da Pandemia
DOI:
https://doi.org/10.18264/eadf.v14i2.2188Palavras-chave:
EaD, Teoria das Ágoras, Educação a distância, Preconceito, Representações sociais, Percepção discente, Psicologia socialResumo
Com o centenário da educação a distância (EAD) no Brasil, completado em 2023, o artigo traz estudo exploratório descritivo de comparação das representações sociais negativas sobre a modalidade de ensino antes e depois da pandemia do coronavírus (2019 e 2023). O objetivo é refletir sobre a formação de um aparente preconceito em relação à EAD no país - de origem histórica, econômica e sociocultural - a partir da presente pesquisa do campo psicossocial, realizada com 1.000 candidatos do Vestibular Cederj – Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro, nos referidos anos. A obra “Cem anos de solidão” de García Márquez inspira analogia sobre o “isolamento” da EAD, pelo pouco reconhecimento que parece ter marcado seus cem anos de existência. O percentual de participantes que apresentaram percepções negativas relacionadas à EAD esteve praticamente sem alteração nos períodos pré e pós-pandemia (42% em 2019 e 43% em 2023). Os dados foram coletados pela técnica de evocação de palavras inspirada em Abric, por meio de indagações ao ego (eu) e ao alter (outro). Amparados pela abordagem teórico-metodológica das Ágoras de Viana, analisamos os resultados com destaque para o fato de que as avaliações negativas sobressaíram significativamente em ambos os anos quando os pesquisados foram indagados a partir do alter e não do ego. O fato evidenciou que a construção do pensamento do indivíduo, influenciada pela sua condição de ser social, é fator preponderante para a formação das Ágoras: agrupamentos por afinidades de representações sociais.
Palavras-chave: Educação a distância. Representações sociais. Preconceito. Pandemia do coronavírus. Ágoras.
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