Ensino Superior à Distância como Possibilidade de Mobilidade Intergeracional – Caso de Mulheres Adultas da Universidade Aberta do Brasil (UAB)
DOI:
https://doi.org/10.18264/eadf.v12i2.1660Resumo
O ensino superior à distância tem se mostrado uma opção viável para aprendizes adultos, devido à flexibilidade oferecida pelo aprendizado online, permitindo que os alunos combinem estudo com trabalho remunerado, família e outras responsabilidades, além de elevar a mobilidade intergeracional de educação. No entanto, quando se trata de mulheres adultas, observa-se um padrão em relação ao nível de escolaridade entre pais e filhas, bem como, a interferência da composição familiar e/ou presença de filhos, na conclusão ou desistência de cursos de graduação a distância. O objetivo deste artigo é apresentar o perfil do público que realiza os cursos de graduação a distância de uma Instituição Pública de Ensino Superior, vinculada ao Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), com foco nas mulheres adultas (com idade acima de 25 anos). Para melhor compreender este fenômeno, foram utilizados dados secundários do cadastro e questionário de pesquisa socioeconômico aplicado aos egressos dos cursos, no período de 2011 a 2015. Os resultados apontam uma tendência média de aumento da mobilidade intergeracional de educação. Essa tendência parece ser impulsionada, principalmente, por políticas educacionais que beneficiaram particularmente as mulheres adultas, filhas de pais com baixo grau de instrução, já atuam no mercado de trabalho, possuem filhos e estão acessando pela primeira vez o ensino superior.
Palavras-chave: Ensino superior à distância. Mobilidade intergeracional de educação. Mulheres adultas.
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