Presencialidade a Qualquer Distância: A Atualização do Virtual em Tempos de Práticas de Ensino Emergencial
DOI:
https://doi.org/10.18264/eadf.v12i3.1910Palavras-chave:
Ensino remoto emergencial, Virtualidade , PresencialidadeResumo
Esse artigo relata uma pesquisa desenvolvida com docentes do ensino superior durante o período da pandemia da Covid-19 questionando de que forma tais docentes fizeram a transposição das aulas presenciais para aulas remotas. Tomou-se como norteadores os conceitos de presencialidade (ou presença social) desenvolvido por Biocca (1997) e virtualidade desenvolvido por Deleuze e Guattari (1995) além de Levy (2003). Os depoimentos foram colhidos através de um formulário online, enviado pelo Google Forms, no mês de maio de 2020. Responderam ao formulário 57 professores. A partir da análise de conteúdo proposta por Bardin (2011) elegeu-se as seguintes categorias: as interfaces humanas presentes no processo de mediação; interfaces artificiais como suporte ao processo de aprendizagem. À luz dessas categorias, percebeu-se que 30% do conteúdo dos depoimentos dados pelos professores diz respeito ao uso de interfaces artificiais e 70% relacionam-se às interfaces humanas. E ainda, quer seja de educação remota, à distância, ou online, apesar de professores e estudantes estarem fisicamente em outros espaços, o uso das tecnologias virtuais aumentam, significativamente, o poder de contato e comunicação. Nesse sentido, a tecnologia torna-se um modo potente que pode conduzir a aprendizagem.
Palavras-chave: Ensino remoto emergencial. Virtualidade. Presencialidade.
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